3 dicas para treinar o seu cérebro e reagir melhor em situações estressantes

Tia
Quem nunca deu um chiliquinho em um momento de estresse levanta a mão!

Isso não é algo que acomete ou já acometeu apenas nós reles mortais, mas também personalidades marcantes, como Lyndon Baines Johnson, conhecido como LBJ, 36° presidente dos Estados Unidos.

De acordo com a matéria escrita por Robert Caro ao New Yorker em 2012, Johnson era conhecido por suas reações histéricas a pequenas dores ou doenças. Mas quando estava sob pressão, principalmente uma grande pressão, como no dia em que se tornou presidente dos EUA, depois que John Kennedy foi assassinado, Johnson mostrou uma calma sobrenatural.

Caro também afirma que os assessores e aliados do então presidente sabiam que apesar dos seus acessos de fúria e berros, intensa alegria e sofrimento e seus intermináveis monólogos, seu comportamento era totalmente diferente em momentos de crise no qual era necessário tomar decisões difíceis. Nesses momentos ele era se tornava uma pessoa tranquila e calma, recorda a secretária Mary Rather.

Parece que pessoas como ele são preparadas para ter um bom desempenho nos momentos de grande pressão. Cabe a nós, seja colaborador, líder, empreendedor desenvolver essa habilidade. Segundo uma pesquisa da TalentSmart, 90% dos profissionais de alta performance conseguem gerenciar as emoções em momentos de estresse, mantendo-se calmos e no controle da situação.

Mesmo o estresse sendo um elemento importante, que mantém o cérebro em alerta, o excesso traz consequências prejudiciais, tanto para você quanto para as pessoas à sua volta. Pensando nisso, trouxemos 3 dicas para te ajudar a treinar o seu cérebro e reagir melhor em situações de alta pressão. Confira!

Desenvolva a atenção plena

Prática que funciona para pessoas de sucesso, como Warren Buffet (um dos homens mais ricos do mundo), Oprah Winfrey, entre outros pode funcionar para você também. O Mindfulness ou atenção plena é um conjunto de técnicas práticas que ajudam a manter a mente sã, focando no momento presente, impedindo que o passado e futuro interfiram.

É possível desenvolver essa técnica e tê-la como aliada nos momentos mais críticos. Como mostra um estudo feito em Harvard, onde oito semanas de meditação resultaram no crescimento do hipocampo, região do cérebro que regula as emoções.

Por isso, é indicado meditar alguns minutos por dia para ajudar a desenvolver a atenção plena, para que ao ser submetido a momentos de estresse, você consiga silenciar o turbilhão de pensamentos e manter a concentração.

Para iniciar essa prática, você pode começar testando a técnica, “liberação da respiração” de Siimon Reynolds, colaborador da Forbes. Imagine um momento de tensão, seja uma reunião ou um telefonema difícil, a partir disso inspire devagar e profundamente e segure o ar. Ao expirar, imagine todo o estresse deixando você. Repita esse exercício três vezes seguidas e veja como a tensão diminui. Sempre que notar que as coisas estão ficando complicadas ao longo do dia a dia, pratique a liberação da respiração.

Evite e catastrofização

Catastrofizar é esperar o pior de uma determinada situação, sem levar em consideração outros desfechos. Em questão de milissegundos o nosso cérebro é capaz de pegar uma simples informação e transformá-la em algo grandioso a ponto de você só enxergar a catástrofe.

Se você já passou por isso, sabe que depois do ocorrido, quando as ideias voltam pro lugar, você pensa no que te levou a ter essa visão tão pessimista. Para evitar esse tipo de situação, lembre-se de respirar em momentos como esse. Coloque bastante oxigênio nos pulmões para alimentar o seu cérebro e o sistema circulatório. Após isso, evite dar lugar aos pensamentos negativos, uma vez que a permanência dos mesmos os tornam mais poderosos.

Uma técnica revelada a Fast Company por Trish Barillas é trocar o “e se” por “o que é”. O “e se” produz ansiedade porque transfere tudo para o futuro, e sabemos que a ansiedade adora plantar raízes no passado e futuro. Já “o que é” é a certeza, por isso, são respostas baseadas em fatos do momento presente.

Você também pode fazer o exercício de separar os fatos de hipóteses, isso ajudará a silenciar os pensamentos negativos e abrir caminho para uma perspectiva mais saudável.

Adote a empatia

Ser empático não é apenas se colocar no lugar do outro, é procurar entender a pessoa por completo, para que você possa praticar a verdadeira empatia, que é olhar a situação por uma perspectiva diferente e não levar para o lado pessoal.

Por exemplo, se na sua empresa você for chamado para explicar o motivo de ter tomado determinada decisão ou assumido tal postura, é provável que a pessoa não esteja tentando atacá-lo(a), apenas deseja entender a situação.

Mas entenda, ser empático não significa ser passivo, deixar que as pessoas pisem em você. Segundo Amy Jen Su, colaboradora da Harvard Business Review, empatia é: "Reconheça, ao abrir mais espaço para a emoção, que você está realmente ajudando a descarregá-la. Ao permitir que a outra pessoa desabafe, você também obtém acesso a outros fatos, suposições e restrições importantes em jogo - todas as informações críticas para preencher a lacuna entre você e a outra pessoa."

Outro ponto importante sobre a empatia: ser empático também significa não fazer suposições. As pessoas possuem estilos diferentes para argumentar e se expressar, e também pode acontecer de estarem irritadas, mas lembre-se, geralmente isso não tem nada a ver com você. Então antes de tirar conclusões, leve isso em consideração.

Para finalizar, seja você empreendedor, colaborador ou líder, aprenda a manter a calma mesmo sob pressão, pois o estresse não é bom para as pessoas a sua volta e muito menos para você. Além disso, você terá mais “sangue frio” para tomar as decisões certas. Então coloque em prática as 3 dicas abordadas ao longo do texto e seja mais zen.
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