Burnout: o que é, sintomas e por que as mulheres são mais propensas a ter

Tia
Sobrinho(a) da Tia, você já ouviu falar sobre a síndrome de burnout? Trata-se de um assunto muito sério e por isso, este ano, o burnout foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma doença ocupacional, ou seja, relacionada ao trabalho.

É uma doença de cunho psicológico que se manifesta por meio de diversos sintomas emocionais ocasionado pelo estresse crônico. Inicialmente pode ser difícil detectar os sinais, porque se parecem com outros sintomas considerados normais no meio corporativo. Mas é preciso dar atenção aos avisos do corpo e mente para evitar o agravamento do problema, não importa qual seja.

Pensando em uma forma de alertar sobre o assunto, elaboramos esse texto para você ter todas as informações necessárias e ficar atento(a) aos possíveis sinais. Confira a seguir.

O que é a síndrome de burnout?

O burnout é um termo de origem inglesa que representa algo que deixou de funcionar devido à exaustão de energia. Neste caso, o termo representa uma síndrome com características que refletem uma resposta do organismo aos estresses crônicos, provenientes do trabalho.

Como o indivíduo está com o psicológico altamente abalado, começa a apresentar sintomas físicos, devido ao ambiente de trabalho ser hostil, estressante ou que o sobrecarrega.

O problema é tão sério, que como mencionamos anteriormente, a OMS incluiu a síndrome de burnout no CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde). Isso significa que se o colaborador for identificado com a síndrome, terá os seus direitos trabalhistas assegurados.

Mas não esqueça, mesmo o burnout fazendo parte da CID, o mais perigoso é não dar a devida atenção aos sinais. O estresse frequente não pode ser considerado normal e dependendo do nível a pessoa pode não querer sair de casa ou da cama para desempenhar suas atividades.

Quais os principais sintomas?

A síndrome de burnout não pode ser considerada algo que acomete somente gestores, diretores, líderes, etc, mas qualquer colaborador que seja submetido a um ambiente estressante e que exerce uma sobrecarga. Por isso todos devem ficar atentos aos sintomas. Confira os mais comuns listados pelo Hospital Israelita Albert Einstein.

  • Cansaço físico e mental excessivos - cansaço frequente, como se não tivesse energia para mais nada.


  • Dores de cabeça frequentes - a preocupação constante pode ocasionar dores de cabeça, ou até mesmo a falta de cuidados básicos, como manter-se hidratado.

  • Fadiga e dores musculares - a tensão também leva ao sintoma da exaustão e dores musculares, mesmo que nenhum esforço físico tenha sido feito.


  • Pressão alta e alteração nos batimentos cardíacos - o estresse pode provocar alterações na pressão arterial, ainda que elas não sejam facilmente percebidas. Portanto, o sintoma mais relatado é a aceleração dos batimentos cardíacos.

  • Alterações no apetite - na síndrome de burnout, é comum alterações no apetite, seja pelo excesso ou falta de apetite, cada pessoa reage de uma forma.


  • Diminuição da produtividade - falta de foco, problemas com a perda de memória e dificuldade para aprender. A produtividade no trabalho ou nos estudos é fortemente afetada quando chegamos a exaustão.

  • Alterações no sono - também é muito comum alterações no padrão de sono, podendo ser a vontade de estar sempre dormindo ou episódios de insônia. Qualquer mudança deve ser levada em consideração.

Por que as mulheres são mais propensas a ter burnout?

As mulheres tendem a se cobrarem muito no trabalho, considerando que precisam trabalhar mais do que os homens para conseguir progredir. Junto com isso, também vem as responsabilidades familiares que geralmente ficam mais a cargo delas, como cuidar das crianças ou pais idosos, organização da rotina casa, manutenção higiênica do lar, etc.

Com todo esse acúmulo de atividades, não é surpresa que as mulheres são consideradas “presas fáceis”. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo New York Times, as mulheres são duas vezes mais propensas a desenvolverem graves quadros de estresse e ansiedade do que os homens.

Para finalizar, não é porque a síndrome de burnout é mais propensa a ser desenvolvida por mulheres, que os homens devem relaxar. Seja você sobrinho ou sobrinha da Tia, não deixe de se cuidar, fique atento(a) aos sinais do seu corpo e mente, busque ajuda profissional, caso apresente um ou mais sintoma, e também sugira ou promova ações no seu ambiente de trabalho para que a saúde mental seja levada a sério.
Criado com