Ser “diferente” pode te ajudar a ser um(a) líder mais forte

Tia
Ser “diferente” é algo que pode levar uma pessoa a se retrair, procurar não ocupar uma posição de destaque no trabalho, se “esconder”. Mas para outros, o ser “diferente” pode levar a uma jornada de sucesso, como é o caso da Natasha Ganem, Ph.D, fundadora e diretora da Lion Leadership em Athens, Georgia e coach executiva na Goizueta Business School.

Natasha, hoje com 43 anos, possui vitiligo (doença caracterizada pela perda de coloração da pele) desde os 12 anos, que começou com uma pequena mancha no canto da boca e atualmente está presente em 35% do corpo espalhadas pelos braços, pernas e costas.

Mesmo sendo uma condição fisicamente inofensiva, Natasha poderia olhar pelo lado negativo e se deprimir, mas felizmente não foi isso que aconteceu, seu sucesso foi guiado por uma jornada diferente. E ainda encontrou uma forma de compartilhar isso com as demais pessoas, escrevendo um artigo na Entrepreneur, onde conta as 4 razões que o ser “diferente” a levou a se destacar, tornando-a uma líder mais forte.

Quer conferir? Vem com a Tia.

1) Não faz mal sentir-se sozinho

Durante o seu crescimento, Natasha afirma que não conheceu pessoas parecidas e tinha claro em sua mente que as pessoas iriam falar dela pelas costas e a considerariam uma estranha assim que se apresentasse. A sensação de estar distante e subconscientemente ser deixada de lado, mesmo pelas pessoas com boas intenções, tornou-se um sentimento normal ao longo da sua adolescência e juventude.

Isso poderia ser algo ruim, mas foi traduzido em algo bom, considerando que essa experiência de sentir-se sozinha, é muito comum no meio de líderes.

Hoje, ouvimos os líderes dizer que é solitário estar no topo, ou seja, que é difícil encontrar verdadeiras conexões pessoais com os indivíduos ao seu redor. Isso acontece devido ao desequilíbrio de poder que é criado quando uma pessoa é responsável pelo sustento da outra. Levando a pensar: como existe conexão humana real e significativa quando o contracheque está em jogo?

Entre pessoas que são diferentes e que são há um tempo, pode gerar empatia. Contudo, grandes líderes aprendem a se sentir confortáveis no desconforto de se sentirem sozinhos. E os que se destacam, geralmente conseguem devido aos anos de preparação, exatamente por essa experiência.

2) A capacidade de ser ver pode te fazer ir além ou te parar

Existe um conceito desenvolvido por Charles H. Cooley, chamado o “eu do espelho” que diz: os humanos se veem como pensam que os outros os veem e agem de acordo para dar sentido a isso tudo. Resumindo, a nossa identidade é uma profecia autorrealizável baseada no pensamento dos outros.

Da mesma forma, temos Audre Lorde que afirma que se não se definisse por ela mesma, seria esmagada, por ela mesma, pelas fantasias de outras pessoas e comida viva. Natasha aprendeu isso enquanto fazia doutorado em psicologia social e considera que foi algo esclarecedor e inspirador.

Ser diferente pode ensinar aos futuros líderes como não ser “comidos vivos” e como não deixar que o pensamentos deles e o que os outros pensam a respeito deles torne uma realidade. As pessoas que são “diferentes” têm o poder de escolher quem querem ser e mostrar a visão do seu eu autêntico para os outros.

É importante ressaltar que quem faz essa escolha, praticar a habilidade de mostrar a visão do seu eu entre amigos e familiares e navegar constantemente pelo senso de pertencimento a grupos, obtém uma presença de liderança refinada, ousada, visão e habilidades de comunicação diferente das que serão desenvolvidas futuramente pelos colegas, isso é, se desenvolverem.

3) Inteligência Emocional é como um músculo que deve ser desenvolvido

Desejar a sensação de pertencimento, pode pregar peças na mente de alguém. Natasha relata que ao longo da vida, aprendeu a perceber os detalhes passados na linguagem não-verbal, leves alterações na entonação da voz, mudanças sutis na postura, inquietação ou uma mudança mínima na direção do olhar para entender a pessoa e seus julgamentos. “O objetivo para nós que somos “diferentes” é assimilar o nosso modo de pertencer e evitar situações em que não devemos pertencer.

Dominar a habilidade de perceber com rapidez, precisão e, à primeira vista, o que as pessoas estão pensando e “onde estão” na sua mente pode ser útil de forma inspiradora. Assim os “diferentes” que vierem a se destacar podem ser encorajados a atingir seu potencial, usando como exemplo as formas de se envolver com os membros da equipe e também como ganhar a confiança e apoio de maneira autêntica ao longo da jornada de liderança.

4) Para liderar bem é preciso ser um eterno aprendiz 

Segundo Rick Warren, “todos os líderes são aprendizes. No momento em que você para de aprender, para de liderar.” Isso faz todo sentido, realmente é importante ter curiosidade sobre pessoas e coisas ao seu redor para liderar bem, uma vez que não é possível crescer sendo o mesmo.

Os líderes devem analisar ideias, assuntos, ambiente diferente do seu para criar conexões, estimular a criatividade e criar uma forma de impulsionar o mercado.

E para finalizar, Natasha afirma que o vitiligo a deixou tão curiosa pelo mundo ao seu redor que isso a transformou em uma eterna aprendiz. Somando isso às outras lições de vida adquiridas ao longo do caminho, é grata por ter se destacado para poder se erguer como uma líder mais forte e deseja isso para outras pessoas.

A Tia também deseja que você use a sua “diferença” como um trampolim para o seu sucesso.
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