Desde 2020 temos acompanhado a busca das pessoas ou nós mesmos sentido na pele a necessidade de fazer parte de organizações que compartilham dos mesmo valores e que veem os seus colaboradores não apenas como um ativo.
Tem ficado cada vez mais nítido o desejo de encontrar a combinação perfeita entre, remuneração, reconhecimento e estilo de vida gratificante. O equilíbrio entre esses três elementos mostra uma comparação semelhante ao que é matematicamente chamado de “problema das três utilidades”, que ao longo deste texto iremos ressignificar como Triângulo da Carreira.
Esse triângulo trata-se de uma abordagem inovadora, a partir da teoria dos jogos, utilizada para pesar as decisões de sua carreira, permitindo que você tenha uma visão clara do que está sendo comprometido e entenda as vantagens e desvantagens. Assim, poderá colocar na balança os seus objetivos e avaliar se segue adiante ou recalcula a rota.
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Estrutura para decisões de carreira equilibradas
Para Marck Kravets, CEO da Lancer Skincare e colaborador da Entrepreneur, o Triângulo de Carreira tem norteado as suas decisões na jornada profissional.
No início da sua carreira, seu mentor ilustrou um conceito por meio de uma derivada do problema das três utilidades, onde Qualidade, Velocidade e Custo eram os vértices. Uma lição simples, mas profunda, já que só se pode escolher dois pontos de cada vez, implicando em uma troca. Por exemplo, alcançar qualidade e rapidez em um projeto aumentaria, sem dúvidas, os custos.
Agora trazendo essa noção para o planejamento de carreira, os vértices passam a ser a Remuneração, Reconhecimento e Qualidade de Vida. Afinal, todos nós ou grande parte das pessoas desejam um trabalho que tenha todos os três elementos: bom salário, elogios e uma vida pessoal abundante. Mas no mundo real, na maioria das vezes, exige-se uma compensação para manter o equilíbrio.
Conhecendo as compensações
Aplicando o Triângulo da Carreira nas suas decisões profissionais, você deve considerar os fatores em jogo e a compensação que está aceitando com base nos dos dois vértices escolhidos.
Para funções com remunerações elevadas, os riscos são altos. Existe uma onda de expectativas, longa jornada de trabalho e um alto senso de responsabilidade, com pequena margem de erro. Essas posições, embora muito compensadoras financeiramente, podem levar ao esgotamento se não forem bem equilibradas.
Por outro lado, funções com destaque de reconhecimento apresentam seu próprio conjunto de desafios. O seu trabalho é analisado minuciosamente, a pressão para manter um histórico de desempenho imaculado aumenta e a competição para permanecer no centro das atenções pode ser acirrada. Na busca pelo reconhecimento o equilíbrio entre a ambição profissional e a vida pessoal tende a ser prejudicada.
Por último, a busca pela qualidade de vida, um termo fluído, porque o que é qualidade para um, pode não ser para outro. Trata-se de traçar limites claros entre o trabalho e o tempo pessoal e o que está disposto a sacrificar para manter essa qualidade.
